"As coisas pelas quais você se apaixona, ou que irritam e comovem você são parte da sua visão única. É sobre o que você — um ser único entre bilhões — acha belo, feio, certo, errado ou harmonioso neste mundo.
A visão pode ser esquiva. Podemos nem sempre ter uma reação consciente imediata do mundo ao nosso redor, podemos não compreender nossos sentimentos em relação à história diante de nós. É nessas horas que a câmera se torna mais que um meio para registrar nossa visão; ela se torna um meio para ajudar a esclarecê-la. O ato de olhar através do visor, de excluir outros ângulos e elementos ou de trazer caos à ordem, pode trazer sua visão a tona.
A visão em si, como nossa visão ocular, pode ser negligenciada e permitir que se degenere; ou pode ser afiada, aperfeiçoada com mais clareza. Trata-se de uma relação simbiótica — não com a tecnologia da câmera, mas com o enquadramento, o qual apesar de todas as mudanças tecnológicas pela qual a fotografia passou, permanece constante. Nossa visão geralmente cresce para acompanhar nossa habilidade. Na medida em que ganhamos novas ferramentas e habilidades com as quais melhor expressamos nossa visão — de forma mais profunda e completa — nossa visão também encontra mais espaço para crescer de forma mais profunda e completa. Quanto mais nos engajamos com o mundo e examinamos nossos próprios pensamentos e sentimentos sobre ele, mais clara se torna a nossa visão.
Quanto mais clara nossa visão se torna, mais capazes somos de encontrar meios de expressá-la por meio da escolha de lentes, exposição, composição ou salas escuras digitais."
David duChemin, em A foto em foco, uma jornada na visão fotográfica.
citação encontrada no site: http://atelliefotografia.com.br/