domingo, 29 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
...
Mergulhei no silêncio. Apesar de tanto tempo na profundidade, não me afoguei. Aprendi a respirar debaixo d'água.
Em trânsito
Medo de atravessar a rua. O que tem do outro lado. E se eu torcer o pé. E se o sinal abrir. E se não der tempo. E se eu pisar na poça. A rua é por onde se passa. E se eu passar despercebida. E se o tempo passar. Medo. E se nunca passar.Tanta coisa atravessada. A rua me atravessa e todos passam por mim sem medo. Eu estou do outro lado.
Construção
Já arranquei dentes, veias, sobrancelhas, fios de cabelo branco. Já arranquei pessoas e lembranças. Já arranquei lágrimas. Sempre como um escultor diante de um bloco de rocha, tentando tirar tudo que encobre a figura real perdida lá no meio da massa sólida. Busco minha forma real arrancando aquilo que parece não pertencer, mas me estranho. Parece que a figura verdadeira a que devo dar o nome de “Eu” é justamente a massa disforme. “Eu” é o dente torto, a veia inchada, a sobrancelha em desalinho, o fio que embranquece, a pessoa que não trouxe alegria, a lembrança do fracasso, a dor sufocada. “Eu” é a força com que bato. “Eu” é a escultura abstrata que não quero expor, porque não saberia explicá-la aos espectadores. A limitação de uma forma mais facilmente reconhecível pouparia perguntas e reticências como respostas. Por isso martelo e quebro e lixo e desbasto mas no final do dia guardo os fragmentos e farelos compassivamente e não me relaciono com a meia-forma que desenhei na pedra. “Eu” é mais a poeira do que a rocha. Vejo que é o pó a matéria-prima com a qual quero construir algo.
A Autora: O véu de Maya
Mergulhei no silêncio. Apesar de tanto tempo na profundidade, não me afoguei. Aprendi a respirar debaixo d'água.
Em trânsito
Medo de atravessar a rua. O que tem do outro lado. E se eu torcer o pé. E se o sinal abrir. E se não der tempo. E se eu pisar na poça. A rua é por onde se passa. E se eu passar despercebida. E se o tempo passar. Medo. E se nunca passar.Tanta coisa atravessada. A rua me atravessa e todos passam por mim sem medo. Eu estou do outro lado.
Construção
Já arranquei dentes, veias, sobrancelhas, fios de cabelo branco. Já arranquei pessoas e lembranças. Já arranquei lágrimas. Sempre como um escultor diante de um bloco de rocha, tentando tirar tudo que encobre a figura real perdida lá no meio da massa sólida. Busco minha forma real arrancando aquilo que parece não pertencer, mas me estranho. Parece que a figura verdadeira a que devo dar o nome de “Eu” é justamente a massa disforme. “Eu” é o dente torto, a veia inchada, a sobrancelha em desalinho, o fio que embranquece, a pessoa que não trouxe alegria, a lembrança do fracasso, a dor sufocada. “Eu” é a força com que bato. “Eu” é a escultura abstrata que não quero expor, porque não saberia explicá-la aos espectadores. A limitação de uma forma mais facilmente reconhecível pouparia perguntas e reticências como respostas. Por isso martelo e quebro e lixo e desbasto mas no final do dia guardo os fragmentos e farelos compassivamente e não me relaciono com a meia-forma que desenhei na pedra. “Eu” é mais a poeira do que a rocha. Vejo que é o pó a matéria-prima com a qual quero construir algo.
A Autora: O véu de Maya
Sobra tanta falta - O Teatro Mágico
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Se o que deu é meu...
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
Falta tanta coisa na minha janela
Como uma praia
Falta tanta coisa na memória
Como o rosto dela
Falta tanto tempo no relógio
Quanto uma semana
Sobra tanta falta de paciência
Que me desespero
Sobram tantas meias-verdades
Que guardo pra mim mesmo
Sobram tantos medos
Que nem me protejo mais
Sobra tanto espaço
Dentro do abraço
Falta tanta coisa pra dizer
Que nunca consigo
Sei lá,
Se o que me deu foi dado
Sei lá,
Se o que me deu já é meu
Sei lá,
Se o que me deu foi dado ou se é seu
Sei lá... sei lá... sei lá....
Se o que deu é meu...
Vai saber,
Se o que me deu , quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve
Vai saber,
O que me deu, quem sabe?
Vai saber,
Quem souber me salve...
domingo, 8 de março de 2009
sábado, 7 de março de 2009
Al otro lado del río - Jorge Drexler
Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
quarta-feira, 4 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
30.000 Pés - Pato Fu
Acima das nuvens o tempo é sempre bom
E o sol brilha tanto que pode te cegar
Eu quero estar bem longe do chão
Só pra não ver você chorar
Mas o ar é tão puro que foge de mim
Pode acreditar
Eu agora sei voar
E num pé-de-vento
Você vai me ver passar
Pode acreditar
Há tanto oxigênio que chego a me esquecer
De todo esse tempo que estou sem respirar
A turbulência já vai passar
E a terra treme ao nível do mar
Só mesmo aqui a 30.000 pés
Pode acreditar
Eu agora sei voar
E num pé-de-vento
Você vai me ver passar
Pode acreditar
Assinar:
Postagens (Atom)