Steve McCurry é um dos mais prestigiados fotógrafos da actualidade, nasceu na cidade de Filadélfia em 1950.Depois de se formar em história e cinema no “College of Arts and Archictecture” na Universidade Estadual da Pensilvânia, passou dois anos a trabalhar como fotógrafo para um jornal, mas o seu espírito aventureiro o levou à Índia, onde trabalhou como fotógrafo freelancer. A carreira de Steve McCurry ganharia reconhecimento internacional, quando em 1984 conseguiu infiltrar-se no Afeganistão, controlado na época pela Rússia e fazer uma série de fotografias no acampamento de refugiados de Nasir Bagh. Esta sua foto reportagem tinha de entre muitas, a fotografia do post, que ficou conhecida pela “Menina afegã” e pela qual Steve McCurry ganhou praticamente todos os principais galardões internacionais de fotografia, incluindo a medalha de ouro de Robert Capa para a melhor reportagem fotográfica, um prémio dedicado aos fotógrafos que exibem excepcional coragem e iniciativa. A fotografia da “menina afegã”, foi capa da National Geographic em Junho de 1985, tornando-se a mais famosa capa da revista em praticamente 120 anos de existência.
Desde então, especializou-se em fotografar retratos de pessoas em áreas de conflito. Ele esteve na guerra Irão-Iraque, em Beirute, no Camboja, nas Filipinas, na guerra do Golfo, na desintegração da antiga Jugoslávia, Tibet e Yemen. Mas o ponto alto na carreira de Steve McCurry, foi a redescoberta da identidade da “menina afegã”. Em Janeiro de 2002, uma expedição da National Geographic viajou para a fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão com a missão de localizar a menina da foto de 1984.A operação foi coroada de sucesso e finalmente a menina afegã ficou com um nome: Sharbat Gula. Toda a história foi contada na edição de Abril de 2002 da National Geographic e voltou a ser capa de revista mas os olhos que cativaram o mundo e que se tornaram um símbolo da miséria e do sofrimento do povo afegão já não brilhavam com a mesma intensidade.
Steve McCurry não se considera um fotógrafo de guerra, acredita que seu trabalho é mostrar a realidade humana durante um conflito nos rostos das pessoas, “Se o fotógrafo fizer as pessoas esquecer a máquina fotográfica, a alma delas aparece na fotografia”.
Texto encontrado aqui: A Fábrica
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