Derretendo Satélites
Composição: PaulaToller / Herbert Vianna
Abro com as mãos, te deixo olhar
Te levo pra dentro devagar
Sempre venho aqui nesse lugar
Tomar xerez da tua boca
Provar o sal do mar, mostrar um verso
Provar um amor eterno
Onde a sua mão está agora?
A minha você sabe bem
Quanto mais tempo demora
Mais violento vem
Falando absurdos
Virando a noite
Perdendo senso
Derretendo satélites
Falando tudo
Voando a noite
Ouvindo estrelas
Derretendo satélites
Uma vez, dez, quinze, vinte, tanto faz
Não tenho mais nada pra fazer
Estou aqui pensando em você
Deixando a água correr
Provei o mar, mostrei um outro verso
Provei um amor eterno
Onde a sua mão está agora?
A minha você sabe bem
Quanto mais tempo demora
Mais violento vem, meu bem
Falando absurdos...
Falando tudo
Virando a noite
Um... dois... três, quatro,
cinco, seis, sete, oito...
Falando absurdos
Virando a noite
Perdendo senso
Derretendo satélites
Falando tudo
Voando a noite
Ouvindo estrelas
Derretendo satélites
quarta-feira, 30 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Humm
domingo, 27 de abril de 2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Crescente...
domingo, 13 de abril de 2008
Dedê!
Samba de Uma Nota Só
Composição: Tom Jobim / Newton Mendonça
Composição: Tom Jobim / Newton Mendonça
Eis aqui este sambinha feito numa nota só
Outras notas vão entrar mas a base é uma só
Esta outra é conseqüência do que acabo de dizer
Como eu sou a conseqüência inevitável de você
Quanta gente existe por aí que fala fala e não diz nada,
Ou quase nada
Já me utilizei de toda a escala e no final não deu em nada,
Não sobrou nada
E voltei pra minha nota como eu volto pra você
Vou contar com uma nota como eu gosto de você
E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó
Acaba sem nenhuma fique numa nota só
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Cama para solidão....
Escolhera viver só. Achava que estaria melhor consigo mesma do que com alguém que estivesse ali somente para passar o tempo. Acreditava na ciência, na lógica. Buscava um sentido. Pois tudo o que acontecia tinha de ter um porquê, mesmo que para ela fosse dificil compreender qual. Era cética. E mais: pagã, atéia e só. Era forte. Era fraca. Dependia. Do dia, dos porquês que encontrava pelo caminho, das contas que tinha a pagar e, principalmente, do ciclo menstrual que insistia em desregular o seu senso-de-humor. Vez ou outra, abria as janelas de casa e tinha uma dimensão maior de sua história. Via seu espaço e a mata ao redor: aquele silêncio fazendo cama para solidão; a certeza da segurança que vai além de chaves e fechaduras; a desesperança de qualquer visita ou mágoa sem aviso prévio. Assim era a menina: excessivamente só. Insistia na solidão, afinal, era muito mais tranquila a sobrevivência longe do convívio com as pessoas do mundo. Evitava a intimidade. Encontrava em curtas saudações uma maneira fácil e prática de lidar com as situações cotidianas. Por isso, esforçava-se ao esboçar expressões como: "Boa Tarde", "Como Vai?" e "Até logo". E era só. Nos momentos de crise, sentia-se melhor ao constatar que poderia, a qualquer momento, optar pelo abandono de si mesma. Fazia-se livre para se reinventar como melhor lhe conviesse. Sentia-se sorteada por ter direito às escolhas da vida e, dentre tantas, talvez a mais acertada tenha sido essa. Escolhera viver só. Achava mesmo que estaria melhor consigo própria do que com alguem que estivesse ali somente para ocupar um lugar no espaço.
http://www.mairaviana.blogger.com.br/
Escolhera viver só. Achava que estaria melhor consigo mesma do que com alguém que estivesse ali somente para passar o tempo. Acreditava na ciência, na lógica. Buscava um sentido. Pois tudo o que acontecia tinha de ter um porquê, mesmo que para ela fosse dificil compreender qual. Era cética. E mais: pagã, atéia e só. Era forte. Era fraca. Dependia. Do dia, dos porquês que encontrava pelo caminho, das contas que tinha a pagar e, principalmente, do ciclo menstrual que insistia em desregular o seu senso-de-humor. Vez ou outra, abria as janelas de casa e tinha uma dimensão maior de sua história. Via seu espaço e a mata ao redor: aquele silêncio fazendo cama para solidão; a certeza da segurança que vai além de chaves e fechaduras; a desesperança de qualquer visita ou mágoa sem aviso prévio. Assim era a menina: excessivamente só. Insistia na solidão, afinal, era muito mais tranquila a sobrevivência longe do convívio com as pessoas do mundo. Evitava a intimidade. Encontrava em curtas saudações uma maneira fácil e prática de lidar com as situações cotidianas. Por isso, esforçava-se ao esboçar expressões como: "Boa Tarde", "Como Vai?" e "Até logo". E era só. Nos momentos de crise, sentia-se melhor ao constatar que poderia, a qualquer momento, optar pelo abandono de si mesma. Fazia-se livre para se reinventar como melhor lhe conviesse. Sentia-se sorteada por ter direito às escolhas da vida e, dentre tantas, talvez a mais acertada tenha sido essa. Escolhera viver só. Achava mesmo que estaria melhor consigo própria do que com alguem que estivesse ali somente para ocupar um lugar no espaço.
http://www.mairaviana.blogger.com.br/
domingo, 6 de abril de 2008
E eu vou levando...
Vai levando
Mesmo com toda a fama,
com toda a brahma,
Com toda a cama,
com toda a lama.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando.
A gente vai levando essa chama.
Mesmo com todo o emblema,
todo o problema,
Todo o sistema,
toda Ipanema,
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando.
A gente vai levando essa gema.
Mesmo com o nada feito,
com a sala escura
Com um nó no peito,
com a cara dura
Não tem mais jeito,
a gente não tem cura
Mesmo com o todavia,
com todo dia,
com todo ia,
todo não ia.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando
A gente vai levando essa guia.
Mesmo com todo rock,
com todo pop,
com todo estoque,
com todo Ibope.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando.
A gente vai levando esse toque.
Mesmo com toda sanha,
toda façanha,
toda picanha,
toda campanha.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando.
A gente vai levando essa manha.
Mesmo com toda estima,
com toda esgrima,
com todo clima,
com tudo em cima.
A gente vai levando,
a gente vai levando,
a gente vai levando.
A gente vai levando essa rima.
Mesmo com toda cédula,
com toda célula,
Com toda súmula,
com toda sílaba,
A gente vai levando,
a gente vai tocando,
a gente vai tomando,
a gente vai dourando essa pílula.
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